quinta-feira, 19 de maio de 2011

Obra-Prima do Dia (Semana Van Dyck)

Pintura: Lady Elizabeth Thimbelby e sua irmã (c.1637)


(detalhe)
O estilo de Van Dyck foi ficando cada vez mais luminoso, com camadas bem leves de tinta e quase sempre acentuadas pelo brilho do ouro e da prata.
Ao mesmo tempo, muitos dos retratos demonstram certa pressa ou superficialidade que deixam perceber claramente sua necessidade de atender a avalanche de encomendas que recebia. Todos queriam ser retratados por ele, que pintou grande parte da aristocracia inglesa daquele tempo.
Ele se tornou um "denizem", estrangeiro naturalizado, em 1638, e casou-se, em 1639, com Mary, filha de Lady Ruthven, uma das damas de companhia da rainha. Consta que esse casamento foi arranjado pelo rei para mantê-lo na Inglaterra, pois ele passara o ano de 1634 em Antuérpia e falava muito em voltar para seu país, o que contrariava a vontade do rei.
Quando uma Guerra Civil parecia iminente, Van Dyck passou boa temporada em Flandres e na França. Em 1641, ele adoeceu seriamente em Paris e voltou apressadamente para Londres, onde morreu pouco depois de chegar.
Deixou duas filhas, uma de sua amante de muitos anos e outra de sua mulher. A filha com sua mulher tinha dez dias de nascida quando o pai morreu. Órfãs de pai, as duas foram viver em Flandres: Carlos I não as deixou desamparadas, o que lhes possibilitou uma vida confortável.
Van Dyck foi enterrado na antiga Catedral de São Paulo, onde o rei mandou erguer um monumento em sua memória.
O quadro “Lady Elizabeth Thimbelby and her sister”, retrata as duas filhas de Thomas, Visconde Savage. Como todos os retratos que fez, é um documento de seu tempo: Elizabeth está à esquerda e e a irmã, Dorothy, à direita.
O cupido que oferece flores à Dorothy sugere que seu casamento está sendo celebrado e também que é um casamento por amor, já que Dorothy tinha fugido com Charles Howard, o que acabou forçando seu pai a concordar com aquele casamento... era um ardil comum entre as donzelas apaixonadas por homens que suas famílias não aprovavam...
Óleo sobre tela, 132,1 x 149 cm 

Acervo National Gallery, Londres
Fontes: www.nationalgallery.org.uk/

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