quinta-feira, 26 de maio de 2011

Blog do Noblat

OBRA-PRIMA DO DIA (SEMANA DOS MONASTÉRIOS)

Arquitetura – Os Mosteiros Suspensos de Meteora

Numa paisagem de rochedos em forma de colunas os mosteiros de Meteora representam um feito audacioso e absolutamente original; foram construídos com enorme dificuldade e representam até hoje do que é capaz o homem quando movido pela fé.
Testemunhos de um período muito significativo na história da humanidade, os séculos 14 e 15, quando os ideais eremitas do início da Cristandade voltaram a ocupar o espírito das comunidades monásticas, tanto nas do Ocidente quanto nas da Igreja Ortodoxa, são edificações surpreendentes.
Sua origem: há pouco mais de seiscentos anos, um monge da península de Monte Athos fundou um mosteiro na planície da Tessália.
Seu nome era Anastásio; ele reuniu um pequeno grupo de anacoretas que habitavam as grutas da região e deu início à construção do Mosteiro da Transfiguração, também conhecido como Megalon Meteora ou Metamorfosis, que é o maior de todos, daí seu nome.
O rochedo de arenito sobre o qual ele ergueu o retiro ortodoxo passou a ser conhecido por “meteoros” que, em grego, significa “suspenso no ar” ou “colunas do céu”.
Dessa época em diante, cerca de vinte mosteiros foram erguidos naqueles rochedos que vão de 549 metros a 395 metros de altura. Eram de difícil acesso, o que fazia parte justamente do objetivo dos monges.
Mas foi o árduo e complicado acesso aos rochedos de Meteora que acabou por favorecer a permanência dessas belíssimas construções até nossos dias.
Como verdadeiras fortalezas, os mosteiros de Meteora acabaram conservados, escaparam dos tempos hostis do Império Otomano e são relíquias vivas da vida dos monges e da arte de tempos idos.

O conjunto de Meteora foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. É, na verdade, uma herança cultural que não se pode perder.
Pelas fotos podemos ter uma ideia da grandeza de sua arquitetura e do talento dos artesãos que construíram essa seis obras-primas: Varlaam, Ágios Stefanos, São Nicolau Anapausas, Ágia Tríade e Roussanou (foto maior), e o já mencionado Megalon Meteoron, o maior de todos (foto menor, à esquerda).
Sua arquitetura, voltada para instalar ali locais de retiro, meditação e oração, é também delicada e de uma beleza comovente.

Kalambaka, Planície da Tessália, Grécia. 
Fontes: http://www.meteora-greece.com/

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