quinta-feira, 16 de junho de 2011

Decida com pressa. E se arrependa depois

“Responda sem pensar”.

Você já ouviu essa expressão? Quando alguém diz isso, espera uma decisão tomada às pressas. Quase sempre, ruim. Mas decidir em pouquíssimo tempo não precisa ser decidir “sem pensar”.
Esse foi debate proposto por Heidi Grant Halvorson, psicológa especialista na “ciência motivacional”, num artigo publicado no site da revista Fast Company. Halvorson lembra a ideia defendida pelo jornalista Malcolm Gladwell no livro Blink (piscar de olhos, em inglês). Ele cita estudos para provar que os seres humanos são capazes de fazer escolhas com poucas informações e pouco tempo. É uma habilidade chamada “thin-slicing”, algo como decidir com base em “fatias finas”.

Nosso cérebro até pode ser capaz de tomar boas decisões com pressa, mas isso não nos impede de sentir arrependimento. Essa é a conclusão do estudo Decision speed and choice regret: When haste feels like waste, escrito por três pesquisadores, da Holanda, Reino Unido e Estados Unidos. Eles mostram que quando as pessoas se sentem pressionadas a decidir rápido acabam se arrependendo depois, ainda que tenham feito boas escolhas. Isso inclui a cobrança dos outros e de si próprio. A autocobrança, dizem os pesquisadores, só aumenta conforme o número de possibilidades. Quando há várias opções, nos sentimos apressados porque temos muito o que considerar na escolha.

O que fazer então? A conclusão dos pesquisadores é de que as pessoas só se sentem safisfeitas se tiveram o tempo que acharam necessário para decidir. E nada menos.

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