quinta-feira, 21 de abril de 2011

Esotérico

Gilberto Gil


Não adianta nem me abandonar

Porque mistério sempre há de pintar por aí

Pessoas até muito mais vão lhe amar

Até muito mais difíceis que eu prá você

Que eu, que dois, que dez, que dez milhões, todos iguais

Até que nem tanto esotérico assim

Se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais

Mistério sempre há de pintar por aí

Não adianta nem me abandonar (não adianta não)

Nem ficar tão apaixonada, que nada

Que não sabe nadar

Que morre afogada por mim

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